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Meta fecha contrato com usina nuclear e impulsiona expansão do setor nos EUA

Meta assina contrato de 20 anos para comprar energia nuclear, apoiando planos de nova usina em meio ao aumento da demanda por IA

Publicado em 3 de junho de 2025 às 07h46.

Última atualização em 3 de junho de 2025 às 07h46.

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A Meta anunciou a de um contrato de compra de energia elétrica com a Constellation Energy, responsável pela operação da usina nuclear Clinton, localizada em Illinois. O acordo terá duração de 20 anos e começará a vigorar a partir de meados de 2027, quando termina um subsídio estadual que atualmente mantém a competitividade da planta, segundo a Bloomberg.

O compromisso da Meta reflete a necessidade crescente das empresas de tecnologia por fontes de energia estáveis e sustentáveis para alimentar seus centros de dados, especialmente diante do aumento da demanda causada pela inteligência artificial. A energia nuclear é considerada estratégica por oferecer fornecimento contínuo e não gerar emissões de gases que agravam o aquecimento global.

Como parte do acordo, a Constellation pretende ampliar a capacidade da usina Clinton e avalia a possibilidade de construir um novo reator no mesmo local, que já possui autorização federal para essa expansão. Segundo o CEO Joe Dominguez, a parceria com a Meta abre caminho para negociações similares com outras companhias interessadas em investir em projetos nucleares modernos.

No ano anterior, a Constellation anunciou um investimento de 1,6 bilhão de dólares para reativar a usina Three Mile Island, na Pensilvânia, cuja energia será vendida integralmente para a Microsoft. Apesar do interesse do setor tecnológico em novas usinas, investimentos nucleares enfrentam desafios devido a atrasos e custos elevados em projetos recentes nos Estados Unidos.

O apoio de grandes clientes como a Meta pode ser decisivo para que a Constellation avance na construção de novas instalações, avaliando tanto tecnologias emergentes, como pequenos reatores modulares, quanto modelos tradicionais já consolidados.

Desafios e perspectivas para a energia nuclear nos Estados Unidos

Com capacidade para gerar cerca de 1.100 megawatts, a usina Clinton abastece aproximadamente um milhão de residências. A planta esteve sob risco de fechamento em 2017, devido à concorrência com fontes mais baratas, como o gás natural e as renováveis, mas a aprovação de um subsídio estadual garantiu sua continuidade.

Agora, com o fim do benefício se aproximando, a Constellation busca firmar contratos como o da Meta para manter suas operações viáveis. Para a Meta, trata-se do maior acordo de energia até o momento, reforçando seu foco em expandir o uso de energia nuclear nos Estados Unidos.

A companhia está avaliando propostas para o desenvolvimento de até 4 gigawatts em novas usinas nucleares, mirando operações previstas para a década de 2030. Enquanto isso, o contrato com Clinton assegura o fornecimento imediato, permitindo que a Constellation planeje a expansão da usina e a permanência da energia nuclear na matriz energética regional.

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