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Talco cancerígeno? Johnson & Johnson oferece US$ 8,9 bilhões para encerrar processos

Produto da marca é apontado como causador de câncer de ovário por conter amianto

Johnson & Johnson é condenada a pagar US$2,1 bilhões por talco cancerígeno (AFP/AFP)

Johnson & Johnson é condenada a pagar US$2,1 bilhões por talco cancerígeno (AFP/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 5 de abril de 2023 às 07h21.

Última atualização em 5 de abril de 2023 às 07h31.

A gigante farmacêutica americana Johnson & Johnson ofereceu nesta terça-feira, 4, US$ 8,9 bilhões (R$ 45 bilhões) para encerrar os processos que enfrenta por venda de um talco apontado como causador de câncer.

Segundo nota do grupo, o acordo, que precisa ser aprovado pelo tribunal, "resolverá de forma equitativa todos os processos" envolvendo o talco, acusado de conter amianto e provocar câncer de ovário.

A Johnson & Johnson ressaltou que o acordo não constitui uma issão de culpa e continua afirmando que seu produto é seguro, embora tenha retirado o mesmo do mercado americano.

O acordo, cujos pagamentos feitos por uma subsidiária poderiam se estender por 25 anos, deve "encerrar todos os processos atuais e futuros sobre o talco", assinala o comunicado. Mais de 60.000 demandantes aceitaram a proposta, segundo a empresa.

Anteriormente

A "J&J" já havia proposto um acordo de US$ 2 bilhões em resposta às acusações de que seu talco cosmético causava cânceres ginecológicos.

"A empresa segue acreditando que estas alegações são enganosas e carecem de base científica", declarou hoje um representante jurídico da J&J, que tem sede em Nova Jersey.

Um tribunal de apelação do Missouri considerou que o grupo "vendeu conscientemente aos consumidores produtos que contêm amianto", o que gerou uma forte "angústia física, mental e emocional".

Embora a Johnson & Johnson continue alegando inocência, a empresa anunciou em maio de 2020 o fim das vendas do talco nos Estados Unidos e no Canadá.

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