A CondoLivre cresceu 749% em 2023 ao oferecer crédito para condomínios, as e fornecedores. Com uma conta digital própria, expandiu a antecipação de recebíveis e agora mira dobrar o faturamento em 2025. Destaque no ranking EXAME Negócios em Expansão, ela já opera no Brasil todo
Luiz Guilherme, Rodrigo Gebara e Henrique Rusca, da fintech CondoLivre: após alcançar o break-even e consolidar sua operação no Brasil, a empresa aposta na ampliação de sua plataforma de crédito e na oferta de novas soluções financeiras (Divulgação/Divulgação)
Leo Branco

Editor de Negócios e Carreira

Publicado em 21 de fevereiro de 2025 às 11h26.

Última atualização em 21 de fevereiro de 2025 às 11h36.

Condomínios enfrentam problemas financeiros recorrentes. Falta de caixa, inadimplência e dificuldades para pagar fornecedores são desafios comuns. A CondoLivre transformou essas dores em oportunidade de negócio.

Criada em 2021, afintechoferece crédito para condomínios, as, funcionários e fornecedores do setor. O modelo atraiu clientes rapidamente e fez a empresa crescer 749% em 2023, saltando de 1,2 milhão de reais para 10,9 milhões de reais em receita operacional líquida.

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O desempenho garantiu a sexta posição no ranking Negócios em Expansão da EXAME na categoria de negócios entre 5 e 30 milhões de reais.

Agora, a CondoLivre se prepara para um novo salto. Após alcançar o break-even e consolidar sua operação no Brasil, a empresa aposta na ampliação de sua plataforma de crédito e na oferta de novas soluções financeiras.

"Nosso foco não é só crescer rápido. Queremos ser uma empresa sólida e duradoura, que realmente resolva os problemas financeiros do setor condominial", afirma Henrique Rusca, CEO e cofundador da fintech.

A meta para 2025 é dobrar o faturamento e superar os 40 milhões de reais. Para isso, a empresa aposta na expansão da antecipação de recebíveis e na criação de novos serviços financeiros voltados a síndicos, fornecedores e as.

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Como funciona a CondoLivre

Os bancos tradicionais enxergam condomínios como negócios pequenos e pouco lucrativos. Com estrutura de financiamento voltada a grandes empresas, evitam oferecer crédito para síndicos e as.

A CondoLivre ocupou esse espaço. A empresa atua como intermediária financeira entre condomínios, as e prestadores de serviços.

Seus principais produtos são:

Empréstimos para condomínios: recursos para reformas, melhorias e imprevistos.
Crédito consignado: voltado a funcionários como porteiros e zeladores, com desconto em folha.
Antecipação de recebíveis: pagamento adiantado para fornecedores que prestam serviços aos condomínios.

A fintech desenvolveu um modelo próprio para avaliar riscos. Em vez de analisar cada condomínio individualmente, trata toda a carteira de uma a como um único grupo. Isso reduz custos e permite aprovar mais crédito.

A estratégia atraiu grandes as, como Lello, Cipa, Estasa, Lloyd e Auxiliadora Predial. Em 2024, o número de parceiros cresceu 21%, ampliando o volume de crédito concedido.

Os desafios financeiros dos condomínios

Síndicos e as lidam com um problema estrutural: a inadimplência. Em muitas cidades, até20% dos moradores atrasam o pagamento da taxa condominial. Isso cria um efeito cascata que afeta a manutenção do prédio e a remuneração dos funcionários.

Outro problema recorrente é a dificuldade de o a crédito. As instituições financeiras exigem garantias e burocracias que inviabilizam empréstimos rápidos.

Os fornecedores de condomínios também sofrem. Empresas de manutenção, segurança e limpeza frequentemente trabalham com prazos de pagamento longos, prejudicando o fluxo de caixa.

A CondoLivre surgiu para atacar esses pontos. "O condomínio precisa de dinheiro para cobrir despesas e melhorar sua estrutura. O fornecedor precisa receber rápido. O bancão não resolve. Nós resolvemos", diz Rusca.

Do fracasso à fintech líder no setor

O CEO Henrique Rusca se formou em Ciência da Computação e Engenharia Elétrica na Duke University, nos EUA. Antes da CondoLivre, tentou empreender com uma edtech em Miami, mas a empresa quebrou.

De volta ao Brasil, trabalhou em grandes empresas de tecnologia, como Loggi e Zup. Foi nessa época que seu irmão mais velho, dono de uma financeira, o chamou para melhorar a gestão do negócio. O setor condominial entrou no radar por meio de um investidor, Rodrigo Gebara, que via oportunidades na área.

A CondoLivre nasceu em 2021, como um spin-off dessa financeira, já com um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) próprio.

"No começo, eu não queria entrar. Já tinha quebrado uma startup antes e sabia os riscos. Mas vi que o mercado tinha demanda e que podíamos construir algo grande", conta Rusca.

Em menos de quatro anos, a empresa já movimentou mais de 100 milhões de reais em crédito.

A aposta na antecipação de recebíveis

O produto que mais cresce hoje na CondoLivre é a antecipação de recebíveis para fornecedores de condomínios.

Antes, a fintech dependia de integrações com os sistemas das as para liberar os pagamentos. Isso limitava o alcance da solução. Em 2024, a empresa lançou uma conta digital própria. Agora, qualquer fornecedor pode receber pagamentos antecipados diretamente pela CondoLivre.

O impacto foi imediato: a fintech ou a crescer 20% ao mês nesse segmento. Hoje, 15% do faturamento já vem dessa área, mas o potencial é muito maior.

"O mercado de antecipação de recebíveis no setor condominial é de 4 a 8 vezes maior que o de crédito consignado. Estamos apenas no começo dessa expansão", afirma Rusca.

Os planos para 2025

O objetivo da CondoLivre é se consolidar como a principal plataforma financeira do setor condominial.

A fintech pretende ampliar o crédito para fornecedores e aumentar a base de condomínios atendidos. Além disso, estuda oferecer sua tecnologia para outras empresas, no modelo white label.

"Criamos uma plataforma muito avançada, que já foi case daAWSe indicada a prêmios de inovação. Outros fundos e financeiras podem usar nossa tecnologia para operar crédito", explica Rusca.

O crescimento acelerado, no entanto, não significa risco financeiro. "Chegamos ao break-even e não queremos queimar caixa para crescer. Nosso foco é sustentabilidade a longo prazo", diz o CEO.

Se a estratégia der certo, a fintech pode dobrar de tamanho até o fim de 2025. "O setor condominial é um oceano azul. Vamos continuar expandindo enquanto houver demanda", diz Rusca.

O que é o ranking EXAME Negócios em Expansão

O rankingEXAME Negócios em Expansãoé uma iniciativa da EXAME e do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME). O objetivo é encontrar as empresas emergentes brasileiras com as maiores taxas de crescimento de receita operacional líquida ao longo de 12 meses.

Em 2024, a pesquisa avaliou as empresas que mais conseguiram expandir receitas ao longo de 2023. A análise considerou negócios com faturamento anual entre 2 milhões e 600 milhões de reais.

A edição 2025 já está com inscrições abertas. A participação é 100% gratuita. As inscrições vão até 5 de maio, mas quem concluir o cadastro antes de 31 de março ganhará o o a uma trilha de conteúdos online dedicados a empreendedores dentro da plataforma LIT, da escola de negócios Saint Paul.

Entre os conteúdos estão inteligência artificial, sustentabilidade corporativa, gestão de times de alta performance, capital de giro e gestão do fluxo de caixa, marketing digital e cenário econômico.

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Como foi o evento Negócios em Expansão 2024

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