Mundo

Rússia remove os talibãs da lista de organizações terroristas

Por enquanto, a decisão não equivale ao reconhecimento formal por Moscou do governo dos talibãs, que tomaram o poder no Afeganistão em 2021

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 17 de abril de 2025 às 14h13.

Tudo sobreRússia
Saiba mais

A Suprema Corte da Rússia anunciou, nesta quinta-feira, 17, a remoção dos talibãs de sua lista de organizações terroristas, uma medida simbólica que visa reforçar as relações entre Moscou e Cabul.

"A decisão entra em vigor imediatamente", disse o juiz responsável pelo caso, Oleg Nefedov, segundo as agências de notícias russas após uma audiência a portas fechadas.

A decisão não equivale, por enquanto, ao reconhecimento formal por Moscou do governo dos talibãs, que retornaram ao poder no Afeganistão em 2021.

Em março, o Ministério Público russo solicitou que os talibãs fossem removidos da lista de organizações classificadas como "terroristas" na Rússia — e, portanto, proibidas — na qual apareciam desde 2003, no contexto das consequências do 11 de setembro de 2001.

Os talibãs afegãos comemoraram sua remoção da lista russa de "organizações terroristas", chamando-a de um "avanço importante" nas relações entre seu governo e Moscou.

Durante uma reunião com o embaixador russo em Cabul, o ministro das Relações Exteriores talibã, Amir Khan Muttaqi, agradeceu à Rússia "por esta medida, que é considerada um desenvolvimento importante para as relações entre Afeganistão e Rússia", de acordo com uma declaração de seu gabinete.

Os talibãs tomaram o controle de Cabul, a capital afegã, em 15 de agosto de 2021, após o colapso do governo apoiado pelos Estados Unidos.

Acompanhe tudo sobre:RússiaVladimir PutinTalibãAfeganistãoTerrorismoTerroristas

Mais de Mundo

China cria órgão internacional de mediação em Hong Kong para rivalizar com cortes de Haia

Trump dará coletiva com Musk nesta sexta, 'último dia' do empresário na Casa Branca

Mais de um milhão por ano: Governo Trump estabelece meta de 3 mil detenções de imigrantes por dia

Macron diz que a Ucrânia é 'teste de credibilidade' para os Estados Unidos: 'Nós estamos preparados'