Papa Francisco: 'Que Deus nos ajude a respeitar sempre a vida, especialmente a dos mais fracos' ( Agence -Presse/AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 21 de abril de 2025 às 09h39.
Última atualização em 21 de abril de 2025 às 11h52.
Ao longo de seu pontificado, o Papa Francisco deixou declarações que resumem sua visão sobre temas sociais e políticos, como o papel da Igreja, a situação dos migrantes, o capitalismo, os direitos das mulheres e questões de sexualidade.
No primeiro encontro com jornalistas: "Como eu gostaria de uma Igreja pobre e para os pobres!" (março de 2013)
Em sua primeira audiência pública: “Sair de nós mesmos para ir às periferias ao encontro dos afastados, esquecidos e daqueles que precisam de compreensão, consolo e ajuda.” (março de 2013)
Aos bispos poloneses: a Igreja deve acolher cristãos separados e divorciados, "para que não se sintam excluídos da misericórdia de Deus". (fevereiro de 2014)
À Comissão Teológica Internacional: um dos "grandes pecados" foi "masculinizar a Igreja". Francisco pediu mais espaço para teólogas mulheres. (novembro de 2023)
“O ser humano está em perigo. No mundo, não manda o homem, mas o dinheiro.” (junho de 2013)
“O dinheiro deve servir, não governar”, disse na Cúpula do G8. (junho de 2013)
Sobre a crise financeira: “vemos os efeitos de um capitalismo selvagem que impõe a lógica do lucro a qualquer custo”. (maio de 2013)
“Quem morre não leva suas riquezas. O sudário não tem bolsos.” (março de 2014)
“Rezemos por quem lucra com a necessidade alheia durante a pandemia: mafiosos, agiotas... que o Senhor toque seus corações.” (abril de 2020)
De volta do Brasil, ao ser questionado sobre a existência de um lobby gay no Vaticano: “Se uma pessoa é gay e busca o Senhor com boa vontade, quem sou eu para julgá-la?” (julho de 2013)
Aos pais de filhos homossexuais: “Primeiro, rezem. Não condenem. Dialoguem. Façam espaço para o filho ou filha se expressar.” (agosto de 2018)
“Ignorar um filho com tendências homossexuais é uma falta de maternidade e paternidade.”
Apoia leis civis para garantir direitos de casais homoafetivos, mas mantém o entendimento do matrimônio como união entre homem e mulher. (setembro de 2021)
"Ser homossexual não é crime", disse à Associated Press. (janeiro de 2023)
Após naufrágio em Lampedusa: “só me vem à mente a palavra vergonha.” (fevereiro de 2013)
“A crise dos refugiados é a maior tragédia desde a Segunda Guerra Mundial.” (março de 2013)
Aos países do G20: “prioridade absoluta aos pobres, refugiados, deslocados e excluídos, sem distinção.” (julho de 2017)
“O Mediterrâneo é berço da civilização. Não pode ser cemitério nem lugar de conflitos.” (setembro de 2023)
Contra deportações em massa nos EUA: “ferem a dignidade humana” e apelam à Igreja a não ceder à retórica discriminatória. (fevereiro de 2025)
Expressou “compaixão” e orações pelas vítimas de abusos sexuais. (dezembro de 2013)
Durante viagem a Bélgica e Luxemburgo: “abusos contra menores são vergonha e humilhação da Igreja”. (setembro de 2024)
No Twitter: “Que Deus nos ajude a respeitar sempre a vida, especialmente a dos mais fracos.” (janeiro de 2014)
“Quem fala de paz e promove a guerra vendendo armas é um hipócrita.” (junho de 2015)
Considera “escandaloso” o gasto em armamentos enquanto se prega a paz. (dezembro de 2021)
“Nunca mais a guerra”, sobre a invasão da Ucrânia. (fevereiro de 2022)
“Nenhuma guerra é santa em nome de Deus.” (dezembro de 2022)
Reconhece o direito de Israel se defender, mas expressa “grande preocupação com o cerco a Gaza e as vítimas civis”. (outubro de 2023)
Defende solução de dois Estados para Israel e Palestina. (janeiro de 2025)
“Ainda hoje, há uma escravidão das mulheres. Elas não têm as mesmas oportunidades que os homens.” (setembro de 2021)
“As mulheres têm uma capacidade de dar vida e ternura que os homens não têm.” (abril de 2014)
“Um mundo que marginaliza as mulheres é estéril.” (março de 2015)
Critica o machismo e a exploração do corpo feminino na mídia. (abril de 2015)
“A mulher virou objeto de desejo, como em um supermercado.” (junho de 2018)
Na ONU: “qualquer dano ao ambiente é um dano à humanidade.” (setembro de 2015)
A Greta Thunberg: “Continue. Deus te abençoe.” (abril de 2019)
“Mudança climática é questão de justiça intergeracional.” (novembro de 2023)
No Equador: pede que leis deixem no ado repressão e controle de liberdades. (julho de 2015)
No Paraguai: critica ditaduras e corrupção. (julho de 2015)
Na Colômbia: “não pode haver fracasso no caminho da paz e reconciliação.” (setembro de 2015)
No México: denuncia a exclusão histórica dos povos indígenas. (fevereiro de 2016)
Sobre o então candidato: “quem pensa em construir muros não é cristão.” (fevereiro de 2016)
Antes da posse de Trump: “se for verdade, será uma desgraça fazer os pobres pagarem o preço do desequilíbrio.” (janeiro de 2025)
Em mensagem a Trump: pede sociedade sem ódio, discriminação ou exclusão. (janeiro de 2025)