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Noruega volta a exigir construção de abrigos antibombas em meio à ameaça russa

Estruturas são solicitadas em edifícios novos, seguindo tendência regional de preparação para crises

Entrada para um abrigo de emergência na Noruega (Distrito de Defesa Civil de Rogaland)

Entrada para um abrigo de emergência na Noruega (Distrito de Defesa Civil de Rogaland)

Publicado em 10 de janeiro de 2025 às 18h27.

Última atualização em 10 de janeiro de 2025 às 19h55.

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A Noruega decidiu reintroduzir a exigência de abrigos antibombas em edifícios novos, uma medida que havia sido interrompida em 1998. O anúncio de retomada vem em meio à escalada de tensões com a vizinha Rússia, que mantém postura agressiva após quase três anos de guerra na Ucrânia.

“Há mais incertezas ao nosso redor. Precisamos proteger a população civil em caso de guerra ou ataque armado”, declarou Emilie Enger Mehl, ministra da Justiça e Segurança Pública, em entrevista à emissora pública NRK. A medida será obrigatória para construções com área superior a 1.000 metros quadrados.

Até o fim do século ado, grandes edifícios noruegueses eram obrigados a incluir abrigos antiaéreos. Agora, o governo quer atualizar essas estruturas, incluindo opções contra armas químicas e radioativas. Estações de metrô e estacionamentos podem ser adaptados como abrigos.

Contexto geopolítico

Cerca de 45% da população norueguesa tem o a abrigos antibombas, número inferior ao da Finlândia (90%) e da Suécia (70%), segundo um relatório oficial. A nova estratégia de defesa também propõe regulamentações mais rígidas para investimentos estrangeiros em setores estratégicos e transparência na compra de propriedades próximas a infraestruturas críticas.

Essas ações fazem parte de um plano amplo com mais de 100 recomendações para fortalecer a preparação nacional, contemplando crises militares, mudanças climáticas e ataques cibernéticos.

Além disso, a Noruega acompanha a tendência de outros países nórdicos, que têm reforçado estoques de emergência e sistemas financeiros para enfrentar eventuais desastres. “A Rússia se tornou um vizinho imprevisível, o que exige maior resiliência”, afirma o relatório governamental.

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