Presidente francês ignorou a candidatura de Lucie Castets, apresentada nesta terça-feira pela NFP
Emmanuel Macron, presidente da França (Ludovic Marin/AFP)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 23 de julho de 2024 às 18h53.

O presidente da França, Emmanuel Macron , disse nesta terça-feira que não vai nomear um primeiro-ministro após o fim dos Jogos Olímpicos de Paris, que terminam no dia 11 de agosto.

“Até meados de agosto, vamos nos concentrar nos Jogos, e depois nomearei um primeiro-ministro”, afirmou Macron em uma entrevista televisionada, a primeira desde que ele convocou eleições legislativas antecipadas em 9 de junho, após sua coalizão sofrer um revés nas eleições para o Parlamento Europeu.

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Macron ignorou, dessa forma, a candidatura de Lucie Castets, apresentada hoje pela Nova Frente Popular (NFP). Essa aliança de esquerda tem uma pequena maioria na Assembleia Nacional, o parlamento francês, com cerca de 200 deputados, à frente da coalizão macronista (160) e do partido de ultradireita Reagrupamento Nacional (140), embora esses números sejam aproximados, levando em conta parlamentares independentes, mas de ideologias semelhantes às dessas três bancadas.

Macron avaliou que “não há maioria de esquerda” no parlamento e deu como exemplo a candidatura fracassada à presidência da Assembleia do comunista André Chassaigne, apoiado pela NFP - o cargo ficou com a candidata macronista Yael Braun-Pivet.

“A questão é que tipo de maioria pode haver na Assembleia para que um governo francês seja capaz de aprovar reformas, aprovar orçamentos estatais e fazer o país avançar”, declarou.

Para Macron, a lição das eleições legislativas é que “ninguém pode implementar seu programa” próprio e, por isso, ele pediu que as forças que montaram um bloqueio contra o Reagrupamento Nacional nas eleições legislativas (a NFP e a coalizão macronista, especialmente, além da centro-direita) trabalhem juntas.

Ele citou como exemplo a organização dos Jogos Olímpicos, que serão abertos oficialmente em três dias, porque, segundo ele, houve a cooperação de uma prefeitura socialista, uma região com presidência de centro-direita e um governo nacional de centro.

Na França, esquerda vence eleições legislativas

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