Empresa de produção de bananas Chiquita Brands, com sede nos EUA, foi a responsável pelas demissões
rabalhadores da Chiquita Brands bloqueiam estrada em Bocas del Toro, Panamá  (DANIEL SANTOS / AFP)

rabalhadores da Chiquita Brands bloqueiam estrada em Bocas del Toro, Panamá (DANIEL SANTOS / AFP)

Agência o Globo
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Publicado em 28 de maio de 2025 às 10h28.

O governo do Panamá decretou emergência na terça-feira, 27, em uma província onde a subsidiária da empresa com sede norte-americana Chiquita Brands demitiu cerca de 5 mil funcionários, devido a uma greve que resultou em um prejuízo milionário.

A medida se aplica à província de Bocas del Toro, onde a empresa de bananas possui uma unidade cujos funcionários iniciaram, há um mês, uma greve contra a reforma das pensões aprovada em março pelo Congresso panamenho. Os grevistas bloquearam estradas, o que causou escassez de combustível e alimentos e fez as escolas suspenderem as aulas.

- O estado de emergência não implica, em hipótese alguma, intervir para a abertura dos bloqueios - destacou o ministro da Presidência, Juan Carlos Orillac, ao anunciar a medida, aprovada em reunião do gabinete do presidente José Raúl Mulino. O estado de emergência permite que o governo agilize processos burocráticos durante crises econômicas ou sociais.

A empresa, que empregava mais de 7 mil trabalhadores, demitiu na semana ada cerca de 5 mil por "abandono injustificado do trabalho" em sua unidade de Changuinola. A greve causou "danos irreversíveis à produção de banana" e gerou um prejuízo superior a US$ 75 milhões, ressaltou.

- Vamos tentar conversar com as pessoas que estão bloqueando as áreas e, obviamente, tentar levar uma solução no que for possível da parte do governo - disse Orillac.

Uma delegação do governo panamenho negocia com os sindicatos, que pedem a aprovação de uma lei que restaure os benefícios concedidos, segundo eles, pela normativa anterior sobre pensões e serviços de saúde.

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