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Ex-presidente da Colômbia denuncia preparativos para atentado do qual era alvo

Declaração de Álvaro Uribe aumenta a tensão na acalorada atmosfera política após a tentativa de assassinato de Miguel Uribe Turbay, senador de seu partido

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 9 de junho de 2025 às 14h19.

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O ex-presidente colombiano Álvaro Uribe denunciou nesta segunda-feira que foi informado pela “inteligência internacional” sobre a suposta preparação de um novo atentado contra sua vida, e criticou o governo da Colômbia por, segundo ele, não se concentrar na gravidade do atentado contra o senador Miguel Uribe Turbay.

“Enquanto Miguel está lutando pela vida, o governo está falando sobre outras questões. Eles nos convidam a buscar acordos para evitar novos massacres. E a inteligência internacional me informa sobre a preparação de outro atentado contra minha vida”, escreveu na rede social X (ex-Twitter) o ex-presidente, que governou a Colômbia entre 2002 e 2010.

A declaração de Uribe aumenta a tensão na já acalorada atmosfera política após a tentativa de assassinato de Miguel Uribe Turbay, senador de seu partido, o Centro Democrático, e um dos principais pré-candidatos à presidência para 2026.

Vítima de vários atentados

Uribe sofreu vários atentados ao longo de sua vida pública e é uma das figuras mais vigiadas da Colômbia, com um robusto esquema de segurança que inclui dezenas de guarda-costas.

Um dos ataques mais graves foi sofrido em 14 de abril de 2002 em Barranquilla, quando, como candidato presidencial, um ônibus-bomba explodiu em frente ao seu veículo blindado.

Uribe escapou ileso, mas o ataque, atribuído à Coluna Teófilo Forero dos guerrilheiros das Farc, deixou quatro mortos e 22 feridos.

No mesmo ano, em 7 de agosto, durante sua posse como presidente, os mesmos guerrilheiros lançaram projéteis contra a Casa de Nariño, sede do Poder Executivo, e detonaram explosivos em bairros próximos ao centro de Bogotá, matando 14 pessoas e ferindo 59.

Três anos depois, em 22 de abril de 2005, as autoridades frustraram outro ataque ao desativar no último minuto uma grande quantidade de explosivos que estavam escondidos em uma casa perto da cabeceira da pista do aeroporto de Neiva, para serem detonados durante o pouso do presidente.

O ex-presidente não deu detalhes sobre o suposto alerta que recebeu sobre o possível atentado ou sua origem, mas sua denúncia coincide com um apelo de diferentes setores políticos ao governo para que reforce as garantias para o exercício da democracia.

O ataque contra Turbay, que não é parente do ex-presidente, aconteceu no sábado, durante um evento de campanha no oeste de Bogotá, e causou comoção nacional e preocupação com a segurança dos políticos na campanha que está começando para as eleições legislativas e presidenciais de 2026.

Turbay, de 39 anos, permanece internado em um hospital de Bogotá, onde, de acordo com um relatório médico divulgado hoje, “ele continua em estado crítico e teve pouca resposta às intervenções e ao tratamento médico realizado”.

O agressor, conforme confirmado pelo Ministério Público, é um adolescente que foi capturado logo após o ataque e será julgado em uma audiência na segunda-feira.

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