Ele representou a Plataforma Unitária nas eleições deste domingo, 28
Agência de notícias Publicado em 22 de julho de 2024 às 10h06. Última atualização em 29 de julho de 2024 às 07h05.
Edmundo González Urrutia, ex-diplomata aposentado, foi nomeado de última hora em março pelo PSUV, coligação de oposição da Venezuela, após inabilitação da carismática líder María Corina Machado e o veto de outros possíveis substitutos.
Neste domingo, ele e Nicolás Maduro se enfrentarma nas urnas, em um pleito observado com tensão por toda a comunidade internacional.
"Nunca, nunca, nunca pensei em estar nesta posição", itiu o discreto diplomata de carreira, de 74 anos, à AFP em abril. " Esta é a minha contribuição para a causa democrática. faço isso com desprendimento, como uma contribuição para a unidade".
Sua nomeação foi inicialmente temporária, o que é conhecido na Venezuela como "candidato tampão" da coalizão Plataforma Unitária, que elegeu Machado nas primárias, a quem Urrutia devolveria o lugar.
"Estava em minha casa, em um sábado à tarde, quando me telefonaram" para " uma carta ao CNE ", o Conselho Nacional Eleitoral, recordou. "Quando ouvi meu nome, eu disse: 'Mas aqui tem algo diferente".
"O que eles não sabiam é que aquele ‘tampão’ ia virar uma garrafa, e aqui estamos hoje nestas condições", disse ele com um sorriso.
Na época, ele era desconhecido pela maioria. Ramón Guillermo Aveledo, ex-secretário da MUD, o retratou como "um venezuelano decente, um democrata e um servidor da República".
2 /8Nicolás Maduro(O presidente da Venezuela e candidato à reeleição, Nicolás Maduro, discursa em evento de campanha nesta terça-feira, em área popular de Caracas (Venezuela). Maduro convidou os seus seguidores a celebrar no Palácio Miraflores – sede do Governo – em Caracas, o seu “triunfo” nas eleições de 28 de julho, quando competirá contra nove adversários pelo próximo mandato de seis anos no poder)
3 /8Edmundo Gonzáles Urrutia(O candidato presidencial venezuelano Edmundo Gonzalez (C) fala a estudantes ao lado de sua esposa Mercedes Lopez (2ª-L) e da líder da oposição venelana Maria Corina Machado (R) durzueante um comício de campanha na Universidade Central da Venezuela em Caracas, em 14 de julho de 2024)
4 /8(A líder da oposição venezuelana María Corina Machado cumprimenta apoiadores nesta quarta-feira, em evento de campanha em Guanare (Venezuela). Machado afirmou que existe um movimento social de todas as idades e em todas as regiões do país pela “libertação”, mas também pela redenção, porque – disse – os venezuelanos devem curar as suas feridas e reunir-se)
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Nascido em La Victoria, uma pequena cidade a cerca de 110 quilômetros de Caracas onde ocorreu uma das batalhas mais heroicas da guerra de independência em 1812, González Urrutia viveu e estudou lá até se mudar para a capital para iniciar a universidade.
Formou-se em Estudos Internacionais pela prestigiada Universidade Central da Venezuela (UCV) e depois ingressou na Chancelaria.
No escritório de sua casa, destaca-se um cartaz com a frase em latim: "Verba volant, scripta manent".
"Trabalhei com um embaixador que me dizia: 'Você tem que ter mais uma conquista na vida. Tudo que você faz, tudo que está escrito, fica e as palavras voam'", explicou sobre o significado dessa frase.
Falar diante de multidões não é fácil para ele. Ele geralmente lê seus discursos de maneira monótona e muito raramente improvisa. Prefere que as câmeras e microfones estejam apontados para Machado, que transborda carisma e é a alma da campanha que lhe transfere seu capital político. As pesquisas o apontam como vencedor por uma ampla margem.
O analista José Toro Hardy o descreve como "a antítese do chavismo, do madurismo e da politicagem tradicional".
Como diplomata, morou na Bélgica e nos Estados Unidos. Foi embaixador na Argélia (1994-99) e na Argentina (1999-2002). Embora tenha vivido muitos anos fora da Venezuela, ele sempre insiste que conhece bem o país.
2 /8Em São Paulo, cidadãos venezuelanos manifestam-se neste domingo(Em São Paulo, cidadãos venezuelanos manifestam-se neste domingo)
3 /8Em Madrid, um momento do comício convocado sob o lema 'Vamos levantar a voz pela mudança na Venezuela'(Em Madrid, um momento do comício convocado sob o lema 'Vamos levantar a voz pela mudança na Venezuela')
4 /8Em Madrid, um momento do comício convocado sob o lema 'Vamos levantar a voz pela mudança na Venezuela'(Em Madrid, um momento do comício convocado sob o lema 'Vamos levantar a voz pela mudança na Venezuela')
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