O programa de mísseis do Irã é considerado o maior e mais diversificado do Oriente Médio
Repórter Publicado em 2 de outubro de 2024 às 08h14. Última atualização em 2 de outubro de 2024 às 09h50.
A tensão no Oriente Médio chegou a novos níveis nesta terça-feira após o Irã lançar mais de 180 mísseis contra Israel , que prometeu retaliar. Parte deles eram do tipo balístico.
Apesar da distância dos dois países ser de 2.100km, esse tipo de míssil consegue alcançar o território israelense em apenas 12 minutos e é considerado mais efetivo. O programa de mísseis do Irã é considerado o maior e mais diversificado do Oriente Médio.
O míssil balístico usa um sistema de propulsão por foguetes em vários estágios, que vão se desprendendo ao longo do voo, até restar apenas a parte explosiva, que segue até o destino do ataque como se fosse uma bala disparada por um revólver. Daí o nome do míssil. A parte que chega ao alvo pode conter explosivos, armas químicas ou até mesmo nucleares.
Segundo a Associação para o Controle de Armas, dos EUA, os mísseis iranianos são, em grande parte, baseados nos designs das armas desenvolvidas na Rússia e na Coreia do Norte.
Em 2022, o general Kenneth McKenzie, do Comando Central dos EUA, disse que o Irã tinha “mais de 3.000” mísseis balísticos.
Teerã vem desenvolvendo seu sistema de mísseis e drones desde a Guerra do Iraque (1980-88). Muitos deles foram usados no último ataque a Israel.
Essa indústria do Irã não fica restrita apenas ao país persa. Analistas que estudam mísseis direcionados à Arábia Saudita usados pelosrebeldes houthi concluíram que os artefatos foram fabricados no Irã, rival histórico dos sauditas.
No ataque de terça, Irã usou o míssil hipersônico Fattah 1 pela primeira vez, de acordo com a agência iraniana Mehr News. O Fattah é considerado o primeiro míssil hipersônico produzido domesticamente pelo Irã.
De acordo com a agência iraniana ISNA, o país tem nove tipos de mísseis com capacidade para atacar Israel:
Em agosto, o país disse que tinha construído um novo drone, o Mohajer-10, com alcance de 2.000 km, autonomia para voar durante 24 horas e capacidade de carregar 300 quilogramas de material.
O Irã também possui os chamados mísseis de cruzeiro, que levam cerca de 2 horas para atingir o território israelense e são usados mais como um alerta, como o que foi dado em abril após Israel destruir o consulado iraniano na Síria e matar um comandante da Guarda Revolucionária. Drones também se encaixam nesse perfil - demoram mais para atingir o território inimigo e são usados como alerta ao inimigo.
2 /12Fumaça após ataque no vale do Bekaa, em 23 de setembro de 2024(Fumaça após ataque no vale do Bekaa, em 23 de setembro de 2024)
3 /12Fumaça após ataque no vale do Bekaa, em 23 de setembro de 2024(Fumaça após ataque no vale do Bekaa, em 23 de setembro de 2024)
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