Número veio muito acima do consenso de mercado; crescimento à frente e queima de caixa, por outro lado, trazem preocupação
Lucro do Usiminas (USIM5) é 10 vezes maior no primeiro trimestre de 2025 e vai a R$337 milhões (Usiminas/Divulgação)
Juliana Alves

Repórter de mercados

Publicado em 24 de abril de 2025 às 12h03.

Última atualização em 24 de abril de 2025 às 12h04.

A siderúrgica Usiminas (USIM5) apresentou resultados acima do esperado no primeiro trimestre de 2025. O lucro líquido trimestral foi de R$337 milhões, um aumento de 875% em comparação com o mesmo período de 2024. O valor superou veio muito acima das expectativas do mercado, que apontavam para R$ 210 milhões, segundo consenso apurado pela Bloomberg.

Em relação a receita líquida, a companhia reportou R$6,89 bilhões, alta de 6% em relação ao trimestre anterior e de 10% frente ao mesmo período de 2024.

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O EBITDA ajustado, por sua vez, ficou em R$ 733 milhões, um aumento de 41% em relação ao trimestre anterior e acima dos R$ 695 milhões da mediana das expectativas dos analistas.

“O desempenho acima da nossa estimativa se deveu principalmente a preços realizados mais altos no segmento de mineração, enquanto na siderurgia, os preços realizados mais baixos foram mais do que compensados por maiores volumes de aço e menor custo dos produtos vendidos”, explicam os analistas do Safra.

A margem do EBITDA consolidada foi de 11%, uma elevação de quatro pontos porcentuais em comparação com o mesmo período de 2024.

A empresa indicou expectativa de um EBITDA levemente superior no segmento de siderurgia no segundo trimestre de 2025, refletindo embarques e preços realizados estáveis, com preços automotivos mais altos compensando preços mais baixos para clientes de distribuição e redução de custos de produção.

Na divisão de mineração, a istração espera que o volume de vendas permaneça estável, apesar da expectativa de preços mais baixos em comparação ao primeiro trimestre de 2025.

Na avaliação do Safra, diante das sinalizações dadas pela companhia, as expectativas do mercado para o EBITDA no segundo trimestre, de R$ 830 milhões, parecem elevadas.

O banco destaca a queda de R$560 milhões do fluxo de caixa livre (FCF): “bem abaixo da nossa estimativa de R$ 92 milhões, pois os resultados operacionais mais fortes, a exclusão de itens não monetários e os menores investimentos foram mais do que compensados por uma maior necessidade de capital de giro”.

Os papéis da companhia caem quase 5% no pregão de hoje, entre as maiores quedas do Ibovespa.

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