Das 87 ações que compõem o Ibovespa, apenas sete registraram retornos negativos entre 8 de abril até o momento
as 87 ações que compõem o Ibovespa, apenas sete registraram retornos negativos no período (Patricia Monteiro/Bloomberg via/Getty Images)
Juliana Alves

Repórter de mercados

Publicado em 21 de maio de 2025 às 10h54.

Última atualização em 21 de maio de 2025 às 15h37.

O índice Ibovespa acumulou uma alta de 13% em reais e 20% em dólares desde o “Liberation Day”, em 2 de abril, quando o Donald Trump anunciou as tarifas de produtos importados. Segundo o relatório do BTG Pactual (mesmo grupo controlador da EXAME), a valorização sendo puxada principalmente pelo setor financeiro.

A recuperação do principal índice da bolsa brasileira foi expressiva: das 87 ações que compõem o Ibovespa, apenas sete registraram retornos negativos no período (de 8 de abril até o momento). Os bancos foram os maiores responsáveis por levantar o índice, principalmente, por representar a maior fatia do índice, 27,2%.

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Bancos lideram o rali

Desde 8 de abril, quando bateu o piso após o tarifaço, o Ibovespa acumulou uma alta de 16.178 pontos. Dos 10 maiores contribuintes para a alta do índice, cinco são do setor financeiro, respondendo por 35,5% do movimento total, o equivalente a 5.744 pontos. O ranking dos destaques positivos foram:

Fora do setor, os destaques ficaram por conta de Vale (VALE3), com alta de 12,5% (+1.641 pontos), e Sabesp (SBSP3 ), com valorização de 21,4% (+917 pontos).

As ações que tiveram desempenho negativo

Na outra ponta, Banco do Brasil (BBAS3) teve o pior desempenho, com queda de 7,7% e impacto negativo de 381 pontos no índice, pressionado pelos resultados fracos do primeiro trimestre.

RaiaDrogasil (RADL3) caiu 23,1% no mesmo período, reduzindo o Ibovespa em 365 pontos, também após a divulgação de um balanço muito abaixo do esperado no começo do ano.

As outras ações com desempenho negativo foram: BB Seguridade ( BBSE3 ), Azul ( AZUL4 ), Minerva (BEEF3), IRB ( IRBR3 ), e Raízen ( RAIZ4 ).

Estrangeiros voltam com força

Já é possível observar os rápidos efeitos das políticas de Donald Trump no último mês. Na primeira metade de abril, houve uma saída de R$ 9,8 bilhões de capital estrangeiro da bolsa brasileira. Essa tendência se inverteu na segunda metade do mês, com uma entrada de R$ 9,6 bilhões.

Em maio, já foram registrados R$ 9,9 bilhões de entrada. Dessa forma, o saldo no ano já é de R$ 20,4 bilhões líquidos, reforçando a tese de rotação de capital das bolsas americanas para os mercados emergentes, à medida que o cenário macroeconômico global segue com incertezas com os efeitos da política econômica nos Estados Unidos.

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