Gestor da Pershing Square coloca próprio dinheiro na tentativa de construir um conglomerado financeiro diversificado que rivalize com a Berkshire
Ackman: "Muitas pessoas concordam comigo, mas estão com medo de serem canceladas" (Crédito: Arte/EXAME) (Arte/Exame)

Publicado em 23 de fevereiro de 2025 às 09h29.

Bill Ackman, um dos gestores de fundos de hedge mais conhecidos de Wall Street, quer seguir os os de Warren Buffett .

Para isso, ele está disposto a investir US$ 900 milhões na transformação da Howard Hughes Holdings (HHH) em um conglomerado no estilo da Berkshire Hathaway, controlada pelo investidor de Omaha há seis décadas.

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A diferença? Enquanto Buffett começou sua jornada comprando uma têxtil decadente em 1965, Ackman aposta no setor imobiliário.

Após a separação de alguns ativos no ano ado, a HHH agora foca em grandes empreendimentos, como o Ward Village, um condomínio de 60 acres na praia de Waikiki, no Havaí.

Um plano ousado para uma nova era financeira

O plano de Ackman, segundo a Fortune, prevê a emissão de 10 milhões de novas ações da HHH a US$ 90 cada—um prêmio de 12% sobre o preço de fechamento mais recente. Essa nova rodada de investimento aumentaria sua participação direta e indireta para 48% da empresa.

Diferente de apostas anteriores do investidor, como Chipotle e Herbalife, onde usou capital externo para pressionar mudanças e obter lucro rápido, essa jogada é mais pessoal.

O aporte viria exclusivamente da Pershing Square Holdco, empresa que ele e sua equipe controlam 90%, sem envolver diretamente seu tradicional fundo de hedge, o Pershing Square Capital Management.

A Howard Hughes Holdings, sob a liderança de Ackman como CEO e presidente, operaria como uma plataforma de longo prazo para aquisição e gestão de participações em empresas públicas e privadas. Um comitê independente da HHH já está avaliando a proposta.

A nova Berkshire Hathaway?

Ackman acredita que a HHH pode atrair investidores da mesma forma que a Berkshire Hathaway fez no ado.

Em publicação recente nas redes sociais, ele lembrou que, nos anos 1960, uma única ação da Berkshire custava cerca de US$ 20, permitindo que qualquer pessoa particie da valorização ao longo do tempo.

Mesmo reconhecendo que seu modelo de negócios é diferente, ele argumenta que sua aposta inicial tem vantagens sobre o início da jornada de Buffett. "É muito melhor do que uma têxtil moribunda", afirmou Ackman.

Resta saber se a visão de Ackman convencerá investidores de que a Howard Hughes Holdings pode realmente se tornar a nova gigante financeira do mercado.

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