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Aura compra mina de ouro da AngloGold em Goiás por US$ 76 milhões

BDRs da mineradora listados na B3 quase triplicaram de valor em um ano; acordo com a AngloGold Ashanti inclui pagamento à vista e royalties sobre produção futura

Minosa: Aura tem mina de ouro em Honduras (Raquel Brandão/Exame)

Minosa: Aura tem mina de ouro em Honduras (Raquel Brandão/Exame)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercados

Publicado em 2 de junho de 2025 às 10h23.

Última atualização em 2 de junho de 2025 às 13h23.

A Aura Minerals (AURA33) anunciou nesta segunda-feira, 2, um acordo com a AngloGold Ashanti para a compra da mina de ouro Mineração Serra Grande, por US$ de 76 milhões.

Além do pagamento, a companhia também realizará pagamentos de contraprestação diferida equivalentes a uma participação de 3% sobre os retornos líquidos de fundição relativos à produção futura da mina.

O ativo está localizado em Crixás, no norte de Goiás, a cerca de 5 quilômetros do centro urbano. A unidade opera com três minas subterrâneas mecanizadas, uma mina a céu aberto e uma usina com capacidade de processamento de até 1,5 milhão de toneladas por ano.

A operação marca um dos principais movimentos de consolidação da Aura no Brasil, país onde a companhia já atua com as minas Almas, Apoena e Borborema. O fechamento da transação está previsto para ocorrer até o quarto trimestre de 2025.

Nos últimos 12 meses, os BDRs da Aura negociados na B3 avançam 178% – respondendo tanto ao avanço da cotação do ouro, que avança quase 40% no mesmo período e a melhoras operacionais dentro da companhia.

A Aura, domiciliada no Canadá, destaca a produção da mina, que gerou mais de 3 milhões de onças desde 1998, com um pico de 193 mil onças em 2006. Em 2024, a mina produziu 80 mil onças de ouro.

As estimativas da AngloGold indicam recursos minerais medidos e indicados de 10,75 milhões de toneladas, com teor médio de 3,14 g/t, totalizando 1,08 milhão de onças. Há ainda 12,95 milhões de toneladas em recursos inferidos, com teor médio de 3,39 g/t, somando 1,4 milhão de onças.

A Aura classifica essas cifras como “estimativas históricas” e ressalta que ainda não conduziu verificação conforme os padrões da NI 43-101, norma canadense de divulgação mineral.

A aquisição será feita por uma subsidiária integral da Aura e está sujeita a condições precedentes, como aprovação do CADE, descaracterização de uma barragem desativada e a separação de subsidiárias que não fazem parte do negócio principal.

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