Jensen Huang: CEO da Nvidia anuncia investimento bilionário na Europa e revela ver potencial no Brasil. (I-HWA CHENG/Getty Images)
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Publicado em 12 de junho de 2025 às 13h01.
Após uma palestra no VivaTech, em Paris, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, afirmou ao Valor Econômico que vê potencial no Brasil e entende como benéfica uma possível expansão da empresa no país.
“Eu adoraria ir ao Brasil. Ninguém me convida. Se você me convidar, eu irei”, brincou Huang durante conversa com jornalistas.
O executivo confessou que enxerga o Brasil como um bom território para entrar nos planos da Nvidia, fabricante de chips de inteligência artificial.
"Os primeiros clientes da nossa empresa estão relacionados à pesquisa e à energia, e essas parcerias são muito boas. Mas, agora, a IA é muito mais transformadora para muitos setores diferentes. Realmente deveríamos ir para o Brasil", completou ele, ainda ao Valor.
Segundo levantamento do jornal Valor Econômico, A Nvidia fornece unidades de processamento gráfico (GPUs) para os principais computadores em operação na Petrobras e no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC).
No setor público, órgãos como o Banco do Brasil, a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev) e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) também utilizam os materiais da empresa.
O executivo anunciou um investimento bilionário na Europa, contando com uma infraestrutura computacional e a criação de centros exclusivos para avanço da IA.
Huang também relatou acreditar que o mercado de trabalho sofrerá alterações com o avanço da inteligência artificial. Entretanto, ele defende a ideia de que enquanto alguns empregos serão cortados, outros serão gerados.
"Acredito que todos os empregos vão mudar, inclusive o meu, que já mudou. Alguns empregos vão se tornar obsoletos, mas muitos serão criados", disse durante sessão de perguntas no evento.
Na última semana, a Nvidia cresceu 45% nas ações e ultraou a Microsoft, se tornando a empresa mais valiosa do mundo. Atualmente, a gigante da tecnologia conta com uma capitalização que gira em torno de US$ 3,444 trilhões.