Emissora da maior stablecoin do mercado, a USDT, rebateu análise do JPMorgan e disse que não precisará vender criptomoedas
Bitcoin: JPMorgan diz que Tether pode precisar vender reservas da criptomoeda (Reprodução/Reprodução)
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 14 de fevereiro de 2025 às 11h27.

O JPMorgan divulgou um relatório nesta semana em que afirma que a Tether, emissora da maior stablecoin do mercado, a USDT, pode precisar vender sua reserva bilionária em bitcoin . O motivo é um novo projeto de lei nos Estados Unidos que busca regulamentar o segmento de stablecoins.

De acordo com o JPMorgan, as regulações propostas por congressistas norte-americanos para as stablecoins - criptomoedas pareadas a outros ativos - exigem que as reservas usadas para garantir essa paridade contenham apenas ativos "em conformidade" com as atuais leis do país.

Veja também

A avaliação do banco é que, no caso da Tether, isso implicaria na necessidade de vender uma série de ativos usados atualmente como reserva pela empresa. É o caso de metais preciosos, ações de empresas, empréstimos e também os investimentos atuais em bitcoin.

A Tether informou recentemente que possui no momento 83.758 unidades da criptomoeda, avaliadas em mais de US$ 8 bilhões (R$ 45 bilhões, na cotação atual). A empresa também realiza aquisições trimestrais do ativo como forma de expandir a sua reserva.

A principal stablecoin emitida pela Tether é a USDT, que é pareada ao dólar. As reservas da empresa buscam garantir que 1 unidade de USDT sempre será equivalente a US$ 1. O JPMorgan pontua que entre 66% e 83% das reservas já são formadas por ativos em "conformidade", em especial títulos do Tesouro dos EUA.

Para o banco, caso a legislação fosse aprovada, a Tether seria obrigada a vender as outras reservas e substituí-las por ativos autorizados pela lei, em especial mais títulos do Tesouro. Entretanto, Paolo Ardoino, CEO da Tether, discordou do JPMorgan e criticou a avaliação do banco.

Ao site The Block, Ardoino disse que "mesmo em um cenário mais extremo, o JPMorgan desconsidera o fato de que a Tether tem mais de US$ 20 bilhões em outros ativos extremamente líquidos e está gerando mais de US$ 1,2 bilhão em lucros por trimestre através dos títulos do Tesouro dos EUA".

Ele afirmou ainda que qualquer necessidade de adaptação a futuras novas regras dos Estados Unidos para stablecoins será feita de forma "direta", e destacou que a Tether está em contato com as autoridades norte-americanas. Entretanto, ele não respondeu ao The Block quando foi questionado sobre a possibilidade da empresa precisar vender suas unidades de bitcoin.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | TikTok

Acompanhe tudo sobre:BitcoinCriptomoedasJPMorganCriptoativos
Próximo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as notícias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se
Invest

Fique ligado

Nas melhores oportunidades do mercado para investir.

Inscreva-se agora

Mais de Future of Money

Mais na Exame