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Redação Exame
Publicado em 17 de maio de 2025 às 10h00.
O setor financeiro tem ado por uma transformação sem paralelo, impulsionada por uma onda intensa de inovação tecnológica. A evolução, que antes se dava em ritmo constante, acelerou de forma expressiva nos últimos anos, mudando profundamente a maneira como bancos, seguradoras, fintechs e investidores conduzem operações, se relacionam com clientes e istram riscos.
O aspecto mais marcante desse cenário é a rapidez de alterações tão marcantes e estruturais. Em 2020, acompanhamos o lançamento do Pix no Brasil, cuja adoção apresentou uma curva exponencial por parte de usuários finais, e desafios tecnológicos dos bancos e instituições de pagamento, para alcançar disponibilidade, escalabilidade e segurança de seus sistemas.
Desde então, em 2021, vimos a digitalização ganhar força, promovendo avanços relevantes na eficiência operacional e na e na ampliação dos canais virtuais. No ano seguinte, 2022, a atenção voltou-se para a construção de jornadas mais ágeis, personalizadas e sem atritos, refletindo uma nova forma de relacionamento com o cliente.
Essa transformação alcançou maior maturidade em 2023. Cada vez mais orientados a dados e atentos à necessidade de transformar a cultura organizacional junto com a tecnologia, os bancos começaram a colher os benefícios concretos dos investimentos em cloud.
O uso estratégico da computação em nuvem reforçou a escalabilidade e a resiliência das operações. Paralelamente, novas fronteiras começaram a se abrir, e a pauta dos ativos digitais ganhou força, trazendo para o centro das discussões temas como NFTs e o Drex, também conhecido como real digital.
Em 2024, a modernização do setor financeiro deu um salto além da digitalização. Mais do que ampliar capacidades tecnológicas, o desafio principal ou a ser incorporar a inovação de maneira integrada em toda a estrutura organizacional, inaugurando uma nova fase de inteligência aplicada e processos autônomos. As organizações aram a operar como verdadeiras plataformas de dados, prevendo tendências de mercado e comportamentos individuais com precisão inédita.
Atualmente, o uso de dados, inteligência artificial (IA) e machine learning (ML) não é mais uma tendência: é realidade. Protagonistas de uma nova era, são peças-chave na tomada de decisão no setor financeiro, atuando como aceleradores de eficiência, precisão e inovação.
Bancos, fintechs, seguradoras e gestoras sempre trabalharam com grandes volumes de dados. A diferença é que, agora, essas informações deixaram de ser apenas registros para se tornarem ativos estratégicos.
A inteligência artificial deixou de ser um experimento promissor para se tornar um diferencial competitivo. Algoritmos sofisticados identificam padrões complexos, avaliam riscos com precisão e oferecem produtos personalizados em tempo real.
O avanço da computação em nuvem também permitiu que modelos mais robustos fossem treinados em menos tempo e a custos menores. Isso tornou a aplicação de IA mais democrática, ível até mesmo a instituições de médio porte.
O uso dessas tecnologias está catalisando uma mudança de paradigma, permeando cada aspecto do setor financeiro com inteligência e automação, gerando impactos concretos. A IA permite uma avaliação de crédito mais precisa, a detecção precoce de fraudes, a otimização de portfólios de investimento e a modelagem de riscos com uma granularidade sem precedentes.
A experiência do cliente também está sendo radicalmente transformada pela IA. Chatbots e assistentes virtuais alimentados por processamento de linguagem natural oferecem e ao cliente 24 horas por dia, 7 dias por semana, respondendo a dúvidas, fornecendo informações e até mesmo realizando transações simples. A personalização atinge um novo patamar, com sistemas preditivos antecipando necessidades e comportamentos com base no histórico e preferências de cada cliente.
No campo dos investimentos, a IA e o ML estão impulsionando o desenvolvimento de robo-advisors, plataformas automatizadas que oferecem aconselhamento financeiro e gestão de portfólios com custos mais baixos. Algoritmos quantitativos analisam dados do cliente através do Open Finance, dados de mercado, identificam tendências e executam negociações com velocidade e precisão, democratizando o o à gestão de investimentos sofisticada, antes restrita a clientes de alta renda.
A inteligência artificial generativa deixou de ser uma promessa para se tornar um motor de inovação, reformulando produtos, automatizando processos complexos e criando experiências hiperpersonalizadas. Nesse ambiente, a tokenização de ativos físicos e digitais ganhou tração, expandindo as fronteiras dos serviços financeiros tradicionais.
O Drex começou a moldar novas formas de liquidação instantânea e contratos inteligentes, enquanto a cibersegurança evoluiu de um sistema defensivo para um ecossistema de proteção preditiva, antecipando e neutralizando ameaças.
O futuro do setor financeiro está sendo construído em um ritmo muito mais acelerado do que se previa. Em um cenário onde agilidade e precisão são diferenciais, a inteligência artificial não veio para substituir — mas para potencializar. O futuro das finanças está sendo moldado agora, com inovação, ousadia e visão de longo prazo.
As instituições que souberem combinar tecnologia com propósito terão vantagem não apenas na rentabilidade, mas também na confiança e na relevância no mercado.
*Tatiana Orofino é líder de desenvolvimento de negócios para o setor financeiro na AWS América Latina e assumiu neste ano a liderança do conselho do Women at Amazon, grupo de afinidades global para mulheres, funcionários não binários e aliados, do qual faz parte desde 2021. É graduada em engenharia da computação, com larga experiência em soluções inovadoras para empresas.
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