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IA gerou 'ponto de inflexão' em que criar é menos oneroso que entender conteúdos, diz líder da IBM

Thiago Viola afirma que maior dificuldade das empresas ainda é a estruturação de processos e produtos que usem a inteligência artificial de forma efetiva

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 21 de maio de 2025 às 16h31.

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Apesar dos avanços, a incorporação efetiva da inteligência artificial e a construção de jornadas e produtos que saibam aproveitar a tecnologia em ignorar os seus riscos ainda é o grande desafio das empresas. Foi o que afirmou Thiago Viola, diretor de IA, Dados e Automação da IBM Brasil, em um evento na última terça-feira, 20.

Viola destacou que "o avanço significativo com IA se deve ao avanço da tecnologia, consumo da indústria e a um nível de atenção alto", mas avalia que o movimento tem "certa limitação" pela falta de uma regulação clara para a tecnologia no Brasil. Apesar disso, as empresas têm buscado antecipar a regulação e identificar problemas éticos, de governança e de vieses.

"As empresas querem antecipar todas essas questões, e para isso precisam de explicabilidade e rastreabilidade em torno das decisões e ações de uma inteligência artificial", explica. A tarefa não é fácil, mas o executivo da IBM acredita que, sem isso, a adoção empresarial da IA será limitada.

Viola também afirma que a IA representa um "ponto de inflexão" na própria sociedade, ao mudar as dinâmicas de produção e de consumo de diferentes conteúdos: "Com IA, criar se tornou mais rápido que verificar, ler, assimilar. É um ponto de inflexão em que criar é menos oneroso que efetivamente entender o resultado".

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Adoção de IA nas empresas

No caso das empresas, o desafio é entender como orquestrar diferentes ferramentas de inteligência artificial e, agora, os agentes de IA, assim como construir os processos de governança e explicabilidade em torno dos resultados gerados pela tecnologia.

Foi pensando nisso que a IBM lançou recentemente o IBM Innovation Studio. Localizado na sede da empresa em São Paulo, o local busca apresentar casos de sucesso de adoção de IA, assim como os possíveis problemas quando a implementação é feita de forma inapropriada. Além disso, as companhias levam casos de uso que querem desenvolver e podem criar POCs e MVPs.

"A ideia é ajudar na construção de jornada. Mostrar o que é IA, como funciona e como usa no ambiente corporativo. Além do uso, abordamos também a importância de preparar os dados. Hoje, cria-se muita coisa com IA, mas pouco se realizar. É preciso ajudar a fazer a jornada com IA no mundo corporativo, traduzir a tecnologia para a língua do mercado", diz Viola.

Segundo o executivo da IBM, "o que a IA oferece de novo tem evoluído de forma rápida, mas em geral os maiores ganhos e simplificações estão no backoffice. É colocar a IA para entregar serviços melhores, mas também pensar em como usar dentro de casa".

Ele pontua que a própria IBM fez esse movimento nos últimos anos, buscando usar a inteligência artificial para eliminar tarefas simples e repetitivas, automatizando processos. "É mais sobre economizar tempo e aplicar esse tempo em outro ligar. É sobre ter ganho de produtividade", resume.

Uma tendência, acredita Viola, é que a adoção empresarial de IA cresça rapidamente com os agentes de IA. Se, inicialmente, a inteligência artificial funcionava como assistente, com chatbots com conversas estruturadas e árvores de decisão, a tecnologia avançou para a IA generativa, que oferece respostas personalizadas e não exige uma estruturação dos caminhos de interação.

Entretanto, a IA generativa tem se mostrado menos especializada e com alto gasto de recursos. É aí, então, que surgem os agentes de IA. Com eles, o executivo acredita que o mercado entra no "mundo da execução", em que a tecnologia é capaz de realizar diversas tarefas sem supervisão humana. "Quando começa a consumir um [agente], escala para dezenas, centenas rapidamente. Vai ser um mundo exponencial, de escala, com cada vez mais agentes em diversas indústrias e segmentos", projeta.

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