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77Sol: Fatores como setores industriais, o a energia e tarifas sobre a energia elétrica influenciam buscas
Repórter de ESG
Publicado em 25 de maio de 2025 às 15h13.
Última atualização em 27 de maio de 2025 às 09h52.
Mato Grosso do Sul, Pará e São Paulo são os estados que mais adotam a geração de energia solar no Brasil, segundo dados da energytech 77Sol divulgados com exclusividade para a EXAME.
O Mato Grosso do Sul lidera o ranking, concentrando mais de 2.200 usinas fotovoltaicas, o equivalente a cerca de 13% do total vendido pela startup. O Pará aparece em segundo lugar, com cerca de 1.900 instalações (11%), seguido por São Paulo, com 1.745 usinas (10%).
A 77Sol, fundada em 2020, conecta clientes a empresas e integradores do setor de energia solar, viabilizando projetos fotovoltaicos. A pesquisa usou uma base de mais de 25 mil integradores e cerca de 1,5 milhão de módulos entregues.
Segundo Luca Milani, CEO da 77Sol, fatores regionais e econômicos explicam o desempenho desses estados na expansão da geração solar. “O Mato Grosso do Sul destaca-se pela forte demanda do agronegócio e da indústria, setores que buscam reduzir custos e aumentar a autonomia energética”, afirma.
De acordo com o CEO, o Pará, apesar de não ser tradicionalmente associado ao setor, vem crescendo aceleradamente devido à busca por energia em áreas remotas. “Já São Paulo, como maior centro econômico, mantém sua relevância especialmente no segmento residencial e comercial, impulsionado pelas recentes altas tarifárias de energia”, afirma Milani.
A análise da startup indica que a alta incidência solar, combinada com tarifas elevadas e incentivos locais, são os principais motores do crescimento da energia fotovoltaica nessas regiões. “Com a energia elétrica entre as mais caras do mundo e o sol disponível o ano todo, a expansão da energia solar no Brasil é inevitável”, acrescenta o executivo.
Outros estados, como Bahia, Mato Grosso, Pernambuco e Rio Grande do Norte, também mostram forte crescimento, cada um com mais de mil usinas instaladas nos últimos cinco anos.
Por outro lado, Rondônia e Tocantins registram o menor número de instalações, somando cerca de 1% do total nacional.
De acordo com Milani, o potencial solar desses estados não é plenamente aproveitado devido a fatores como menor densidade populacional e mercado de integradores ainda em desenvolvimento.