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A estratégia da Linus para limpar os oceanos e alinhar sustentabilidade com negócios

Companhia vai retirar uma tonelada de plástico dos oceanos a partir de parceria com a Seven Clean Seas

Nos últimos anos, a marca expandiu sua presença física sem depender de grandes investimentos (Fernanda Corsin/Divulgação)

Nos últimos anos, a marca expandiu sua presença física sem depender de grandes investimentos (Fernanda Corsin/Divulgação)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 6 de março de 2025 às 18h16.

A Linus, marca de lifestyle sustentável conhecida pelas sandálias coloridas, tem se destacado por iniciativas ambientais que vão além da escolha de materiais. Em sua mais recente ação, a empresa firmou parceria com a organização ambiental Seven Clean Seas para retirar uma tonelada de plástico dos oceanos.

A colaboração, iniciada em julho de 2024 e divulgada com exclusividade para a EXAME, busca aumentar o impacto positivo da companhia com a mitigação dos impactos ambientais e se soma a outras práticas sustentáveis da marca.

A iniciativa nasceu de uma sugestão de Renato Nicoletti, distribuidor da marca para a Oceania, que viu a possibilidade de expandir as ações de compensação ambiental da empresa para incluir a remoção de resíduos plásticos dos oceanos.

Para a gerente de marketing da empresa, Olívia Araújo, explorar mais frentes de atuação quando se trata da sustentabilidade. “A parceria com a Seven Clean Seas fortalece nosso compromisso em minimizar danos e gerar impacto ambiental positivo”, diz.

Sustentabilidade na Linus

A CEO da empresa, Isabela Chusid, conta que a preocupação ambiental, no entanto, é um traço estrutural da Linus desde sua fundação em 2018. A empresa neutraliza suas emissões de carbono e compensa o uso de plástico e papel da operação por meio da reciclagem.

Outra iniciativa foi a parceria com a Operação Amazônia Nativa (OPAN), organização que atua pelo fortalecimento dos povos indígenas. A instituição recebe 100% do lucro obtido a partir da venda da cor Linus Amazônia.

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“Nosso trabalho busca atuar tanto na preservação dos recursos naturais quanto na redução de danos ambientais. Nossas ações são pensadas para ampliar o impacto positivo em diferentes regiões e refletem o legado que queremos deixar”, afirma Araújo.

A estratégia de sustentabilidade da Linus não se limita às ações externas. Desde a produção, a empresa adota materiais menos poluentes: suas sandálias são compostas por 70% de fontes renováveis, sendo totalmente recicláveis e livres de metais pesados.

Para Chusid, conta que ao criar a Linus, queria garantir que cada etapa da produção e da operação fosse sustentável. “Sigo a ideia de que o lixo é um erro de design”, diz.

Estratégia da empresa

A marca também investe na logística sustentável, priorizando transporte marítimo para reduzir emissões e adotando um modelo híbrido de vendas, que combina e-commerce e lojas físicas selecionadas. “Desde o início, a preocupação ambiental, social e financeira tem que estar presente em todas as decisões, do produto ao financeiro, da logística à entrega”, diz Chusid.

O primeiro ponto físico surgiu de forma improvisada: um showroom em Pinheiros acabou se transformando na primeira loja oficial da marca. Hoje, a empresa também opera um quiosque no shopping Cidade Jardim e possui parcerias com multimarcas no Brasil e no exterior.

“Entendemos que estar no físico seria importante, mas sem abrir lojas próprias de alto custo. Começamos a vender para lojistas que buscávamos diretamente, e isso acabou virando um canal valioso”, explica Chusid.

Entre os planos, está uma parceria com a Playpiso para transformar sandálias usadas em pisos esportivos, criando novos ciclos produtivos. "Nosso papel é mostrar que é possível ser sustentável e, ao mesmo tempo, lucrativo. Queremos incomodar os concorrentes e provar que dá para fazer diferente", conclui Chusid.

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