Economia

BC diz que tarifaço de Trump exige 'cautela' do Brasil e gera 'dúvidas' sobre redução da inflação

Relatório do BC traz percepções sobre as perspectivas da economia brasileira no segundo semestre do ano ado

Segundo relatório, cenário de incertezas “segue exigindo cautela por parte de países emergentes” (Leandro Fonseca/Exame)

Segundo relatório, cenário de incertezas “segue exigindo cautela por parte de países emergentes” (Leandro Fonseca/Exame)

Agência o Globo
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Publicado em 29 de abril de 2025 às 11h08.

O Banco Central (BC) avaliou nesta terça-feira, 29, que o cenário externo permanece desafiador para a economia brasileira, devido principalmente às incertezas causadas pela política econômica dos Estados Unidos.

A análise consta no Relatório de Estabilidade Financeira, publicação semestral em que o BC faz avaliação de perspectivas para a estabilidade financeira do Brasil.

O relatório divulgado nesta terça é referente ao segundo semestre do ano ado, quando o presidente Donald Trump ainda não tinha assumido a presidência dos EUA, mas já indicava a implementação de uma política de aumento de tarifas.

"Esse contexto tem gerado ainda mais dúvidas sobre os ritmos da desaceleração e da desinflação e, consequentemente, sobre o crescimento nos demais países", escreveu o BC.

Segundo o relatório, este cenário de incertezas “segue exigindo cautela por parte de países emergentes”, como o Brasil

Contas públicas

A publicação do BC indica uma piora na percepção do mercado sobre a condução fiscal da economia brasileira e a saúde de suas contas públicas.

Segundo o relatório, as instituições que foram consultadas pelo BC apontam para uma desaceleração “acentuada” da economia brasileira, em meio a um cenário de endividamento da população.

“Os riscos fiscais aparecem como o mais importante, reflexo principalmente de preocupações com a sustentabilidade da dívida pública. As instituições pesquisadas demonstram também preocupação com a possibilidade de desaceleração acentuada da economia e de aumento da inadimplência, em um cenário de elevado endividamento de famílias e empresas".

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