Entre os oito segmentos analisados pelo Índice do Varejo Stone (IVS), cinco registraram alta mensal 25 estados apresentaram resultados positivos no comparativo anual
Plataforma de conteúdo Publicado em 11 de dezembro de 2024 às 06h00.
No comparativo anual, as vendas do varejo brasileiro caíram 0,2% em novembro, mês tradicionalmente impulsionado pela Black Friday , segundo o Índice do Varejo Stone (IVS).
A queda é contraintuitiva, mas Matheus Calvelli, pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, explica:
"Esse movimento é explicado, principalmente, pela retração de 4,3% no setor de Material de Construção e de 1,5% em Artigos Farmacêuticos. Esses segmentos têm menor exposição à sazonalidade da Black Friday e apresentaram desempenhos mais modestos no mês”.
Calvelli também ressalta o desempenho de outubro, que registrou alta de 2,5%, e acredita que a leitura correta seria de estabilidade, não de queda significativa.
O Índice do Varejo Stone (IVS) é uma iniciativa da Stone, empresa de tecnologia e serviços financeiros que atua como principal parceira do empreendedor brasileiro.
O IVS tem como base a metodologia proposta pelo time de Consumer Finance do Federal Reserve Board (FED), que idealizou um modelo de indicador econômico similar nos Estados Unidos. São consideradas as operações via cartões, voucher e Pix dentro do grupo StoneCo.
O objetivo é mapear mensalmente os dados de pequenos, médios e grandes varejistas e divulgar um retrato do setor nacional, que pode orientar estratégias empresariais e decisões de investimento, fornecendo insights valiosos sobre o ambiente econômico.
“Em novembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros (Selic) para 11,25%, alta que ocorre em cenário de aceleração da inflação. Sendo assim, é esperado que a pressão negativa da inadimplência e do serviço da dívida se torne mais elevada adiante. Em contrapartida, o bom momento do mercado de trabalho segue sendo uma força positiva para o consumo”, comenta Calvelli.
Olhando para o comércio digital, houve uma queda mensal mais acentuada, de 8,8%, enquanto o comércio físico cresceu 1,7%. Já no desempenho anual, o comércio digital também reportou retração de 8,1%, contrapondo a alta de 3,2% do comércio físico.
Na análise por segmentos, o setor Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo registrou o maior crescimento do mês, com 3,5%, seguido por Tecidos, Vestuário e Calçados, com alta mensal de 2,8%.
No recorte regional, 25 estados apresentaram resultados positivos no comparativo anual: Roraima (10,3%), Amazonas (9,2%), Sergipe (8,6%), Alagoas (8,3%), Maranhão (8,2%), Amapá (7,6%), Rondônia (7,2%), Acre (7,1%), Goiás (6,8%), Pará e Rio Grande do Norte (6,3%), Paraíba (6,1%), Pernambuco (4,5%), Rio Grande do Sul (4,2%), Mato Grosso e Paraná (3,9%), São Paulo (3,0%), Tocantins (3,0%), Santa Catarina (2,8%), Minas Gerais (2,1%), Bahia (1,8%), Ceará (1,6%), Rio de Janeiro (1,1%), Espírito Santo (0,7%) e Mato Grosso do Sul (0,5%)
Já entre os resultados negativos, apenas Distrito Federal (3,5%) e Piauí (1,0%) apresentaram queda no comparativo ano contra ano.
O relatório completo pode ser encontrado na plataforma de conteúdo da Stone
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