Marcos Sampaio Olsen foi indicado pela defesa do seu antecessor no cargo, Almir Garnier
Ministro Alexandre de Moraes (Carlos Moura/SCO/STF/Flickr)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 22 de maio de 2025 às 18h13.

Última atualização em 22 de maio de 2025 às 18h17.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que seja mantido o depoimento do comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, como testemunha na ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Olsen foi indicado como testemunha de defesa de seu antecessor no cargo, Almir Garnier Santos, e sua fala está prevista para sexta-feira.

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AGU pediu indeferimento do depoimento, mas defesa quer audiência mantida

Na noite de quarta-feira, a Advocacia-Geral da União (AGU), que representa Olsen, solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, o indeferimento de seu depoimento. O ex-comandante disse que "desconhece os fatos objeto de apreciação na presente ação penal".

Olsen foi indicado pelo seu antecessor no cargo, Almir Garnier, que é um dos oito réus na ação penal, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Garnier é suspeito de ter concordado com um plano apresentado por Bolsonaro que poderia reverter o resultado das eleições. Em resposta ao pedido de Olsen, a defesa do ex-comandante pediu que a audiência fosse mantida.

Decisão de Moraes destaca relevância do depoimento para a defesa

Na decisão, Moraes afirma que a defesa de Garnier "justificou a pertinência da oitiva da testemunha, Almirante Marcos Sampaio Olsen, tendo fundamentado que o atual Comandante da Marinha poderá esclarecer pontos essenciais à defesa do réu, principalmente com relação ao contexto da nota à imprensa divulgada pela Marinha do Brasil em novembro de 2024".

"Além disso, a Defesa destacou que a oitiva da testemunha será relevante para os esclarecimentos sobre a existência, à época dos fatos narrados na denúncia, de 'qualquer conversa ou tratativa interna relacionada à movimentação ou preparação de tropas, tendo em vista que a testemunha arrolada exercia, naquele período, o cargo de Comandante de Operações Navais (CON) da Marinha do Brasil'", escreveu o ministro.

Acusações contra ex-comandante confirmadas por chefe da Aeronáutica

Na quarta-feira, a acusação contra o ex-comandante foi confirmada por Carlos de Almeida Baptista Júnior, que chefia a Aeronáutica na época dos fatos investigados. Baptista Junior afirmou que Garnier tinha uma postura diferente da dele e do ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes e que chegou a colocar suas tropas à disposição de Bolsonaro.

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