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General é advertido durante audiência de testemunhas da trama golpista

Moraes indagou se militar mentiu sobre apoio de almirante a Bolsonaro

“O senhor falseou a verdade na polícia ou está falseando aqui.”, afirmou Moraes (Fellipe Sampaio /SCO/STF/Reprodução)

“O senhor falseou a verdade na polícia ou está falseando aqui.”, afirmou Moraes (Fellipe Sampaio /SCO/STF/Reprodução)

Agência Brasil
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Publicado em 19 de maio de 2025 às 18h36.

Última atualização em 19 de maio de 2025 às 18h51.

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O general de Exército Marco Antônio Freire Gomes foi advertido nesta segunda-feira, 19, no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ministro Alexandre de Moraes durante audiência das testemunhas arroladas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelas defesas dos réus do núcleo 1 da trama golpista, formado pelo ex-presidente e mais sete denunciados pela procuradoria.

Moraes questionou se Freire Gomes estaria mentindo ao não repetir o trecho do depoimento prestado à Polícia Federal no qual afirmou que o almirante Almir Garnier, então comandante da Marinha, teria se colocado à disposição de Bolsonaro durante a reunião na qual um estudo jurídico foi apresentado para embasar a trama golpista que impediria a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

“O senhor falseou a verdade na polícia ou está falseando aqui.”, afirmou Moraes.

Em seguida, o general disse que “em 50 anos de Exército, jamais mentiria” e esclareceu que Garnier falou que “estava com o presidente”, mas que não caberia a ele interpretar o objetivo da declaração.

Voz de prisão

Freire Gomes negou que tenha dado voz de prisão a Jair Bolsonaro durante reunião na qual teria sido sugerida a adesão das tropas à tentativa de golpe.

O general confirmou que Bolsonaro apresentou na reunião, cuja data não soube precisar, um estudo com propostas de decretação de um Estado de Sítio e de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no país.

“Não aconteceu isso [voz de prisão], de forma alguma. Eu alertei ao presidente que se ele saísse dos aspectos jurídicos, além de não concordamos com isso, ele seria implicado juridicamente”, afirmou.

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