A pandemia do coronavírus quase não foi citada pelos candidatos; Covas evitou responder pergunta sobre novo lockdown da cidade Márcio França, Guilherme Boulos, Bruno Covas e Celso Russomano. (Montagem Exame/Divulgação)Ligia TuonPublicado em 11 de novembro de 2020 às 12h07.Última atualização em 11 de novembro de 2020 às 18h54. 3l1a10
Os candidatos mais bem colocados nas pesquisas para a Prefeitura de São Paulo , Bruno Covas (PSDB), Celso Russomano (Republicanos), Gulherme Boulos (PSOL) e Márcio França (PSB) participaram de um debate na manhã desta quarta-feira (11), promovido por Folha de S. Paulo e UOL.
Como de costume, boa parte das perguntas e respostas foi voltada para ataques. A pandemia do coronavírus quase não foi citada pelos candidatos, que rivalizaram sobre a experiência de cada um na política, propostas que supostamente não teriam respaldo financeiro para se concretizar, reforma tributária e questões relativas à Saúde.
Reforma tributária
Questionado sobre reforma tributária, Guilherme Boulos (PSOL) disse que defende uma reforma progressiva, que não retire recursos de outro ente da federação. Disse ainda que os municípios são prejudicados com a concentração de capital na União.
Russomano lembrou que a proposta de reforma tributária está em andamento no Congresso e que está certo de que os parlamentares vão cuidar dos municípios quem segundo ele, é onde a reforma deve começar. Nesse contexto, disse que pretende baixar o ISS gradativamente, considerando que estados vizinhos têm o imposto sobre serviços mais baratos: "Só assim vamos criar empregos".
Ao candidato do Republicanos, Covas rebateu a intenção do candidato de baixar o ISS, dizendo que a proposta de reforma tributária em andamento no Legislativo vai tirar R$ 10 bilhões dos cofres paulistas nos próximos anos e mais R$ 55 bilhões nos 10 anos seguintes: "É com responsabilidade fiscal que se faz justiça fiscal", disse.
Velhas brigas
Logo no início do debate o prefeito de SP, Bruno Covas, questionado sobre se confia plenamente em Ricardo Nunes, vereador do MDB que faz parte de sua chapa tucana como vice, disse que sim, argumentando que o candidato tem experiência, além de não ter acusações formais. Nunes é investigado por superfaturamento no aluguel de creches privadas que têm convênio com a prefeitura paulista.
Covas também disse que não tem problemas em dizer que é apoiado pelo governador João Doria e ite o fato com "toda a felicidade", mas pediu que o foco ficasse na prefeitura da capital. O atual prefeito já foi acusado de tentar se distanciar da figura do governador, acusado por opositores de ter "abandonado" a prefeitura quando desistiu de seu cargo como prefeito para virar governador do estado e tem sido ausente na campanha para reeleição de Covas.
Acusado diversas vezes de ser "sonhador" e "inexperiente" pelos candidatos, Boulos disse a França — que se gabou de já ter sido prefeito e ter saído com 94% de aprovação — que o candidato do PSB só não disse que havia sido de São Vicente. França diz que a cidade é importante e questiona Boulos: "Você foi prefeito de onde">política de privacidade